sexta-feira, março 29, 2024

Completando três anos na Seleção Feminina, Pia Sundhage projeta final da Copa América

Jogos

A Seleção Brasileira passa por um processo de renovação e várias das atletas convocadas disputam contra a Colômbia, neste sábado (30), sua primeira final em competições oficiais com a Amarelinha. Mas o ineditismo tem um sabor diferente para a experiente treinadora Pia Sundhage. A grande decisão da CONMEBOL Copa América, sua primeira à frente das Guerreiras, coincide com a data em que ela completa três anos no comando da Canarinho. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, a técnica fez um balanço do que viveu até aqui e projetou os próximos passos do trabalho.

“Acho que o time com o qual comecei enfrentando a Argentina há três anos é muito diferente daquele que vai enfrentar a Colômbia agora. A jornada tem sido fantástica e muito interessante de várias formas. Eu aprendi muito sobre o jogo como um todo, mas também sobre o jeito sul-americano de jogar futebol. Tenho muito orgulho das jogadoras jovens que trouxemos para a equipe, elas se destacaram muito bem e acredito que daqui a alguns anos, no longo prazo, elas farão deste um time vencedor na Copa e nas Olimpíadas. Tenho muito orgulho do que fizemos até aqui e, dito isso, temos um longo caminho até chegarmos ao patamar das melhores equipes do mundo, mas, passo a passo, chegaremos lá”, disse.

Sundhage também detalhou as principais instruções e a preparação psicológica para o confronto contra as anfitriãs. Para ela, o mais importante é desfrutar de momentos como esse para que a equipe esteja cada vez mais preparada para partidas grandes e decisivas.

“Chegamos à final e jogar uma final é sempre algo especial. Será um um jogo muito complicado, difícil, e acho que é importante, a começar por mim mesma, que mantenhamos a calma e não nos deixemos levar quando as coisas não funcionam. Voltar à nossa ideia de jogo, sermos sólidas e termos paciência, porque temos 90 minutos para marcar gols, e acho que essa é uma das coisas mais importantes: acreditar no que temos feito até aqui e continuar a fazê-lo”, afirmou.

Importância da final na renovação

Será uma grande oportunidade — a Copa América inteira foi, na verdade — para que as jogadoras mais jovens lidem com a pressão, com adversárias diferentes e com tipos diferentes de escalação inicial, que usamos para ajustar o nosso jogo. Esse torneio será muito importante lá na frente, e jogar a final, quer ganhemos ou percamos, nos obriga a lidar com esse sentimento de uma forma positiva. Boas jogadoras costumam dizer que é bom jogar sob pressão e achar um jeito de ganhar. Eu acredito que o jogo de amanhã provará para as jogadoras mais novas o quão preparadas elas estão. Independentemente do que aconteça amanhã, acredito que é um passo importante na direção da Copa do Mundo. Precisamos de jogos acirrados, difíceis e distintos entre si, e acho que as mais novas, desde que acreditem mais na equipe do que em resolver o problema sozinhas — porque nós temos várias jogadoras muito técnicas e capazes de fazer isso às vezes —, mas o sentimento delas tem que ser de que o time vai vencer a partida.

Primeira decisão – trabalho psicológico

É importante para todas nós, especialmente para as mais jovens, acreditar na equipe, porque às vezes podemos nos deixar levar pela sensação de que vai resolver tudo sozinha. Devemos marcar gols, continuar criando chances e trazer a melhor performance umas das outras, essa é a chave. Na defesa, marcar e correr umas pelas outras. É uma grande oportunidade para todas nós e a primeira palavra que vem à minha cabeça é “aproveitar”. Você realmente precisa aproveitar esses momentos, porque, se fizer isso, vai querer ter a chance de jogar esse tipo de jogo no futuro também.

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