Aston Martin manda carro à pista da Fórmula 1 após 61 anos

06/03/2021 - 13:45 - Automobilismo

por Pedro Feitosa

A equipe inglesa Aston Martin realizou nessa quarta-feira(3) em Silverstone alguns testes de seu novo carro, o AMR21, que vai ser utilizado na temporada 2021 da Fórmula 1. Essa foi a primeira vez em mais de 60 anos que a escuderia esteve nas pistas. Nessa primeira atividade tanto Lance Stroll e quanto o tetracampeão Sebastian Vettel fizeram suas primeiras voltas pelo novo time.

Os testes realizados essa semana, ainda não servem para medir a potência de competição do AMR21; as voltas dadas por Stroll e Vettel acabam sendo uteis para fazer um teste em todos os sistemas do carro e para um primeiro contato dos pilotos com o novo modelo. Essa atividade recebe o nome de "shakedown".

Nas redes sociais a equipe celebrou a volta as pistas com um post singelo no Twitter dizendo: #AMR21, conhece a pista de corrida. Pista de corrida, conhece o #AMR21.

Com esse treino, a Aston Martin gastou uma parte dos seus 100 km disponibilizados pela Fórmula 1 para que as equipes realizem filmagens e ações de marketing; já que testes como esses são restritos para que escuderias sem tantos recursos acabem sendo prejudicadas de alguma forma.

Aston Martin e Racing Point beberam na fonte de Fórmula 1 da Mercedes

A Aston Martin assumiu o nome e o carro que foram utilizados pela Racing Point em 2020. A troca aconteceu depois que o empresário Lawrence Stroll, o pai do piloto, se tornou acionista da Aston Martin e decidiu trocar o nome da equipe.

Em 2020, a Racing Point ficou em quarto lugar no campeonato de construtores fazendo 195 pontos, quatro pódios e uma vitória. A grande polêmica em torno do carro que será utilizado pela Aston Martin parte do princípio dele ser uma evolução do RP20 da antiga escuderia já que o regulamento da F1 obriga as equipes a usarem os mesmos carros da última temporada fazendo apenas algumas mudanças aerodinâmicas.

O RP20 da Racing Point foi considerado por muitos uma cópia do W10 que foi utilizado pela Mercedes em 2019 e resultado da parceria técnica feita entre as equipes. A polêmica foi tão grande que a Racing Point acabou punida com a perda de 15 pontos no Mundial de Construtores e multada pelo o uso do mesmo duto de freio traseiro da equipe alemã.