A rescisão ocorreu após uma investigação sobre alegações de má conduta no Orlando Pride, clube em que Marta, jogadora da Seleção Brasileira atua.
A Liga Americana de Futebol Feminino rescindiu os contratos das treinadoras do Orlando Pride, Amanda Cromwell e Sam Greene, anunciou a liga na segunda-feira. A NWSL anunciou as rescisões como a conclusão de uma investigação em andamento sobre alegações de má conduta no Orlando Pride durante o tempo de Cromwell como treinadora principal.
Cromwell e Greene
Cromwell, contratada como treinadora principal em dezembro de 2021, compôs sua comissão técnica incluindo outros membros como Sam Greene. A partir daí, alegações de abuso verbal, favoritismo impróprio em relação às jogadoras e conduta de retaliação deram início às investigações pela NWSL. Uma investigação colaborativa começou e está em andamento entre a liga e a National Women’s Soccer League Players Association, depois que as jogadoras do Orlando Pride apresentaram alegações em março de 2022.
Depois que alegações adicionais tiveram início em maio, Amanda e Sam sofreram uma punição e estavam em licença administrativa desde junho. Esse fato aconteceu porque houve uma “suposta retaliação em violação da Política da NWSL para Prevenir e Eliminar Discriminação, Assédio e Bullying no Local de Trabalho.”
A investigação
A equipe de investigação conjunta também descobriu que a treinadora de goleiros Aline Reis não cooperou totalmente com a investigação, violando a política da liga. Inclusive pressionando as jogadoras a compartilhar informações aos investigadores.
Reis, colocada em licença administrativa não remunerada após o episódio, está sendo obrigada a participar de um treinamento obrigatório sobre retaliação, discriminação, assédio e bullying. Além de participar de treinamento executivo obrigatório, conforme determinado pelo comissário e às custas da liga.
É a primeira vez que acontece uma rescisão pela NWSL. A ação rápida acontece apenas uma semana depois que a US Soccer divulgar uma investigação independente completa e as descobertas de Sally Q. Yates sobre alegações de comportamento abusivo e má conduta sexual em mulheres no futebol profissional.
Medidas precisam ser tomadas
O proprietário e presidente do Orlando Pride, Mark Wilf, divulgou um comunicado pedindo desculpas para as jogadoras e destacando os próximos passos para o clube, que inclui “implementar treinamento anti-retaliação para todos os membros da comissão do Pride, tanto no lado das operações de futebol quanto na parte executiva”.
A decisão teve início depois dos escândalos após a liga emitir o treinamento obrigatório como uma disciplina com base nas descobertas da investigação. Contudo, Wilf e a organização também iniciarão o processo de contratação de uma nova comissão técnica e treinadora principal.
“Reconhecemos que contratar o próximo treinador do clube é um passo crítico.” Disse Wilf, presidente do Pride.
“Vamos começar imediatamente um processo para identificar um líder que incorpore os valores de nossa organização, traga uma lista competitiva para o campo e, o mais importante, proteja e defenda nossos jogadores.” Concluiu Mark Wilf.
A reação
Imediatamente após a demissão, Amanda Cromwell também divulgou um comunicado alegando falhas na investigação da NWSL.
“Faltou transparência, profissionalismo e rigor.” Disse Amanda.
“vai revisar suas opções legais.” Completou em comunicado.