O Flamengo, atual campeão da Libertadores, enfrentou uma eliminação vexatória nas oitavas de final do torneio, sofrendo uma derrota para o Olimpia em Assunção. A estratégia adotada, focada em jogar pelo resultado em vez de manter seu tradicional estilo ofensivo, acabou custando caro ao clube carioca. O desfecho amargo marcou a quinta eliminação do ano para o time.
Estratégia questionável
Ao longo dos anos, o Flamengo construiu uma identidade baseada em jogo ofensivo, posse de bola e domínio da partida. Entretanto, diante do Olimpia, a equipe optou por uma abordagem mais cautelosa, buscando o resultado. Essa mudança de tática pareceu desconectar a equipe de suas raízes, resultando em uma atuação desarticulada, desordenada e desanimadora.
Essa mudança inesperada nas tradições flamenguistas surpreendeu observadores e gerou debates entre a torcida. O clube que sempre priorizou a vitória a qualquer custo e impôs seu estilo de jogo se viu atuando de maneira reativa em campo. A decisão de adotar uma mentalidade defensiva contrastou drasticamente com o histórico recente da equipe, resultando em críticas da mídia e da torcida.
Passividade nos momentos decisivos
A incapacidade de reagir nos momentos cruciais marcou a trajetória do Flamengo ao longo da temporada. Em jogos fundamentais, como o confronto contra o Olimpia, a equipe pareceu desconexa e incapaz de lidar com a pressão. Essa passividade se manifestou tanto na falta de criatividade ofensiva quanto na vulnerabilidade defensiva, como evidenciado nos gols de cabeça sofridos.
A incapacidade de alterar o curso do jogo quando necessário expõe um problema profundo na mentalidade da equipe. A ausência de liderança em campo e a falta de um jogador capaz de inspirar e motivar os companheiros ficaram evidentes. Sem alguém para conduzir nos momentos críticos, o Flamengo se viu à mercê do Olimpia, que soube aproveitar essa fragilidade.
Responsabilidade dos craques
O desempenho coletivo aquém das expectativas também se refletiu nas atuações individuais das peças-chave. O ataque teve uma noite apagada, enquanto a defesa não conseguiu lidar com as jogadas aéreas do Olimpia. A falta de sintonia e harmonia entre os jogadores ficou clara, contribuindo para o resultado desastroso.
O baixo desempenho individual levanta questionamentos sobre a preparação física e mental da equipe. Jogadores que costumam ser decisivos falharam em momentos cruciais, indicando possíveis problemas internos que afetaram o rendimento em campo. A falta de confiança e a pressão podem ter influenciado negativamente o desempenho desses jogadores.
Falta de solidez com Sampaoli
A inovação na escalação, com a 30ª formação em 30 jogos, gera dúvidas sobre a eficácia dessa abordagem. Sampaoli parece ter apostado em uma equipe pouco treinada para um jogo mata-mata crucial. A constante rotação de jogadores pode ter enfraquecido a coesão da equipe e contribuído para a passividade vista em campo.
A decisão de inovar na escalação também pode ter gerado confusão tática entre os jogadores. A falta de entrosamento entre aqueles que raramente jogam juntos foi evidente, resultando em um desempenho desorganizado. A aposta de Sampaoli em variar as peças pode ter comprometido a fluidez da equipe e contribuído para o mau desempenho.