De Turvo, no Extremo Sul de Santa Catarina, para a Arábia Saudita. O futebol carimbou o passaporte do jogador turvense, Murilo de Souza Felisberto, de 25 anos. Formado nas categorias de base do Grêmio, Murilo acumula ainda passagens por outros grandes clubes como Cruzeiro, Internacional e seleção brasileira de base.
No entanto, essa não é a primeira vez que o jogador tem a oportunidade de atuar no exterior. Ele chegou a integrar a base do Sporting, de Portugal, por um breve período antes de retornar ao futebol brasileiro.
Agora, Murilo está realizando o sonho de jogar profissionalmente fora do país. “Essa é a minha primeira experiência fora do Brasil como profissional, eu estava a caminho da Itália, mas a questão de contrato e parte financeira falou mais alto”, revelou.
Atualmente, o turvense está defendendo as cores do Hetten FC, equipe que disputa a segunda divisão do campeonato de futebol da Arábia Saudita. “O Hetten FC é um clube simples, mas que tem uma estrutura muito boa e pessoas de bom caráter, é um clube bem família. Em relação ao calendário, só estamos disputando a segunda liga”.
Processo de adaptação ao futebol saudita
Além disso, o meio-campista fez uma comparação entre o nível técnico do futebol saudita e o futebol brasileiro. “O nível aqui técnico em relação ao Brasil é menor, porém os jogadores aqui tem muita vontade, muita garra, querem ganhar toda hora”.
Na companhia de outros dois colegas de time brasileiros, Murilo detalhou o seu processo de adaptação dentro e fora de campo. “Estamos em três brasileiros aqui, mas eu até demorei um pouco para me acostumar, agora está mais tranquilo. Aqui faz muito calor e a cultura também é muito forte, em relação a comida o jeito de comer e, principalmente para mulheres. As mulheres aqui começaram a dirigir há dois anos, por exemplo”.
Dentro das quatro linhas, Murilo acredita que está conseguindo se destacar e cogita até ampliar o seu contrato com o Hetten FC. Inicialmente, o objetivo da equipe era conquistar o acesso para a principal divisão nacional, mas a oportunidade foi perdida há algumas rodadas. Agora, o turvense quer se dedicar para finalizar em alto nível os últimos jogos da competição, que se encerra no final do mês de março.
“Venho me destacando e a ideia era vir pra cá e abrir mercado. Ainda não define a minha situação, mas posso renovar contrato com o clube, ou até mesmo ir pra um outro país com uma visibilidade maior”, concluiu o turvense que estava defendendo o Igrejinha, na divisão de acesso do Campeonato Gaúcho antes de topar o desafio de jogar fora do Brasil pela primeira vez.
